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Artroplastia Total do Joelho

Na década de 60, o cirurgião-ortopedista Sir John Charnley, trabalhando ao lado de engenheiros na Inglaterra, desenvolveu a moderna artroplastia total do quadril. Tal operação teve resultados bons resultados, e outros cirurgiões passaram a realizar a artroplastia também no joelho. O sucesso desse procedimento desencadeou uma série de pesquisas científicas que levaram ao desenvolvimento de melhores técnicas cirúrgicas, evolução na qualidade do material dos implantes, diminuindo tempo de cirurgia, riscos anestésicos, aumentando assim a durabilidade das próteses.

A artroplastia do joelho é uma operação em que é feita a cobertura apenas das superfícies ósseas danificadas do fêmur, tíbia e patela, sendo que a cartilagem degenerada é substituída por peças de metal e plástico. As peças são fixadas ao osso através de um cimento especial chamado metilmetacrilato.

Após a colocação da prótese, o metal que cobre o fêmur fica em contato com o plástico que cobre a tíbia, não havendo mais contato “osso com osso”, aliviando a dor. O plástico que é utilizado nas próteses é chamado polietileno de densidade ultra-alta, e apresenta um desgaste muito pequeno ao longo do tempo em contato com o metal polido.

 

O paciente recebe alta hospitalar e retorna no consultório após 14 a 21 dias para novas orientações, avaliação da ferida operatória e retirada de pontos. O uso das muletas é geralmente indicado por 6 a 8 semanas desde a cirurgia. Nova avaliação é realizada com 2 meses, 4 meses, 6 meses, 1 ano e depois a cada ano.

Na artroplastia total do joelho as possibilidades são que 95% das vezes não ocorram problemas graves. Porém, como em qualquer outro procedimento cirúrgico, existem complicações precoces e tardias. As mais comuns são:

1- Tromboembolismo pulmonar: que deve ser prevenido com medicações após a cirurgia, uso de meias elásticas e exercícios fisioterápicos ainda durante a internação hospitalar e seguidos em casa e na clínica de fisioterapia,

2- Lesão nervosa: ocorre uma dificuldade de movimentação do pé para cima ou perda/diminuição da sensibilidade na perna e pé, mas na maioria dos casos há recuperação espontânea em até 1 ano (Neuropraxia),

3- Deiscência de sutura: a pele que recobre o joelho na ferida operatória pode não cicatrizar. É uma complicação rara e todas as medidas (trans e pós-operatórias) são tomadas para evitar que isso aconteça,

4- Infecção: é prevenida principalmente com antibiótico endovenoso, injetado geralmente pelo médico anestesista momentos antes de começar a cirurgia e seguido durante 24h,

5- Afrouxamento Asséptico: a prótese solta do osso, sem infecção, devendo ser trocada. É uma complicação tardia (ocorre alguns anos após a cirurgia) e é determinada pelo emprego correto das técnicas cirúrgicas e também pela qualidade do material da prótese.

Indico, para aumentar o tempo de duração de uma artroplastia do joelho, próteses de fabricação estrangeira, principalmente de fábricas americanas e européias, por acreditar em melhor controle de fabricação dos materiais, além de melhor instrumental para adaptação do implante. A perfeita relação entre os componentes (templates / fresas / testes / prótese) possibilita ao ortopedista, durante a cirurgia, realizar de forma eficaz o que foi programado no período pré-operatório.

prótese_joelho_-_cirurgião_florianópolis

Antes de se realizar a cirurgia, o paciente deve realizar exames (laboratório, eletrocardiograma, radiografias) que são todos requisitados pelo médico ortopedista ou pelo clínico que o acompanha e que serão avaliados pelo anestesista.

O tempo de internação varia de 4 a 7 dias, dependendo da recuperação pós- operatória de cada paciente. No primeiro dia após a cirurgia, são orientados exercícios no leito hospitalar, com acompanhamento de um fisioterapeuta. No segundo ou terceiro dia, geralmente, o paciente é estimulado a sair do leito e iniciar pequenas caminhadas com uso de muletas ou andador, aumentando progressivamente nos próximos dias. São orientadas algumas posições que devem ser evitadas como sentar em cadeiras baixas, agachar-se ou andar sem muletas por período de seis a oito semanas (tempo de cicatrização).

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