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Artroscopia do Quadril

O uso e indicação de ‘‘cirurgia através de um pequeno orifício’’ têm aumentado consideravelmente na última década e a cirurgia ortopédica em particular tem sido beneficiada por muitos destes avanços.

Embora considerado como um empreendimento moderno, o artroscópio foi idealizado

por Takagi (Japão) em 1920.

Com o advento do artroscópio foi possível o desenvolvimento de técnicas que têm

permitido ao cirurgião ortopédico o acesso direto a diversas articulações, tornando

possível diagnósticos mais precisos e até a realização de pequenos procedimentos

cirúrgicos com invasão mínima e recuperação precoce do paciente.

São realizados dois a três portais (orifícios de aproximadamente 01 cm),

na coxa em volta do quadril para a introdução da câmera do artroscópio

e o instrumental necessário para a realização do procedimento (Fig. 1).

Fig. 1: Câmera e lâminas de shaver posicionadas no quadril. --->

artroscopia_de_quadril_florianópolis.png
Representação_de_lesão_longitudinal_do_l

Em geral, as lesões do labrum (Fig. 2) podem ser tratadas com ressecção simples

ou sutura com auxílio de âncoras (pequenos parafusos) que são fixadas ao osso.

As lesões da cartilagem são tratadas com regularização por radiofreqüência ou

microperfurações naquelas com exposição óssea subcondral.

Fig 2: Representação de lesão longitudinal do labrum acetabular

 

Antes de se realizar a cirurgia, o paciente deve realizar exames (laboratório, eletrocardiograma, radiografias) que são todos requisitados pelo médico ortopedista ou pelo clínico que o acompanha e que serão avaliados pelo anestesista.

            O paciente fica durante um dia internado onde são realizados cuidados de enfermagem e medicações para analgesia e antibioticoterapia profilática.

Ao receber alta hospitalar, são orientados exercícios domiciliares (bicicleta ergométrica) e retorno ao consultório após aproximadamente duas semanas para novas orientações, avaliação da ferida operatória e retirada de pontos.

Quanto ao uso das muletas o tempo indicado para seu uso pode variar de 6 a 12 semanas dependendo da gravidade das lesões encontradas e do tratamento realizado (osteocondroplastia discreta ou extensa). Nova avaliação é realizada com 6 semanas, 3 meses, 6 meses, 1 ano e depois a cada ano.

É essencial o acompanhamento do fisioterapeuta durante todo o período de recuperação pós-operatória. Ele irá lhe orientar, juntamente com o ortopedista, quanto à freqüência e intensidade dos exercícios, bem como início de atividades físicas.

Como em todos os procedimentos cirúrgicos em medicina existem os benefícios, porém existem também os riscos do ato operatório. As possibilidades são que 95% das vezes não ocorram nenhum problema sério.

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